Aconteceu no IBCP: II Simpósio de Psicoembriologia

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O II Simpósio de Psicoembriologia foi realizado na sede do Instituto Brasileiro de Ciências e Psicanálise (IBCP), nos dias 31 de março e 1º de abril, apresentando o tema: “O Pai no Divã – a função paterna em jogo”. O evento reuniu psicanalistas, psicoembriólogos e educadores, que expuseram de maneira didática o assunto em questão ao longo desses dois dias.

Durante a abertura, realizada pela profª Therezinha Thomazin, foi apresentada a história de Wilson Ribeiro e a criação da psicoembriologia, técnica desenvolvida e difundida na década de 1960, que consiste na formação saudável do ser humano desde a vida fetal. A importância da fala com o bebê, desde a fase embrionária, é um trabalho de conscientização realizado exemplarmente pela equipe do IBCP.

As palestras que se seguiram no primeiro dia: “Mãe sendo mãe liberando para a vida!”, em que a profª Glaucia Araújo apontou a importância da mãe na emancipação dos filhos; “O lugar dos pais no psiquismo fetal”, proferida pela profª Sônia Paschoalique, abordou a importância das células no desenvolvimento fetal e da relevância da ancestralidade no nosso psiquismo. Durante a tarde foram levantados os temas: “A presença do pai é importante na gestação”, sobre a ação essencial do masculino na fecundação e na formação integral do indivíduo, pelas palestrantes Tânania Oliveira e Lydia Indacochea; “A verdade na comunicação com a criança e o tabu da morte”, apresentada pelos conferencistas João Gonçalves e Inês Mattos, abordando a honestidade na linguagem com a criança, ponto fundamental na autoconfiança e visão de realidade na vida. Encerrando o primeiro dia, as palestrantes Patrícia Alcantara, Dulcinéia Mendes e Cláudia Garcia apresentaram “Pai, ética e coragem fortalecendo a educação”, trazendo o papel crucial da função paterna na constituição dos valores do indivíduo.

A educadora e contadora de história, Cristiane Velasco, abriu o segundo dia de evento com a história “O verdadeiro pai da casa”, de Dan Yashinsky, em que um viajante buscava abrigo em um castelo e lá se deparou com uma misteriosa sequência de anfitriões, e para consegui-lo precisava da permissão do mais velho daquela aldeia para se hospedar. Uma analogia perfeita com o tema do simpósio. A manhã seguiu com a palestra da profª Elisabete Ruivo: “Pai, meu herói, meu bandido”, em que elucidou os arquétipos masculinos e os relacionou com os pais. A palestra seguinte foi ministrada pela profª Fátima Esteves sobre “O casal se separa. E o pai, como fica?”. No período da tarde tivemos um bate papo com o tema “Na prática, a linguagem”, realizado pelo prof. José Pastore, que deu uma aula demonstrativa dos métodos utilizados pela psicoembriologia com os bebês e gestantes. Na palestra “A importância do pai na formação da identidade”, conferida pelo prof. Wilson Buran, foi abordada a importância da presença do pai para criar uma barreira de limite na criança e adolescente, para que esse possa escolher caminhos saudáveis e coerentes com a vida. Finalizando o encontro, o prof. Anderson Barros apanhou todos as temáticas e as confrontou durante sua palestra “O pai no divã. A função paterna em jogo”, em que trouxe a reflexão de como a função paterna e o papel do pai na nossa atual sociedade está se perdendo, deixando lacunas e vazio na nova geração.

Natália Simão
Psicoembrióloga

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